domingo, 30 de setembro de 2012

Da invisibilidade ...




Certas horas seria o ar,
Se movimenta quando quer,
Tornando-se perceptível
Mas indispensável,
 Mesmo sem ser visto.

domingo, 23 de setembro de 2012

Das prisões...


Estava cercada.
Escapar nunca foi uma possibilidade.
De onde estava via o mundo.
E era vista.
Mas não pertencia a qualquer lugar.
Ou a ela mesma.
E por trás daquelas inabaláveis paredes de vidro
Se desenvolvia
Feito uma flor em uma estufa.
E uma hora a planta deixa de caber no vaso.
E então parte.
Parte-se em cacos.
Ela ao meio.
E para longe.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Entre a espera e a ação...


Vivia  ali.
Sobre as pedras.
De la se via: imenso, azul, revolto.
Passava o tempo a esperar quem de lá a levaria.
A maré subia e descia.
Os ciclos da lua se repetiam.
Dias de chuva.
Dias de Sol.
Estrelas.
Azul
Cinza
Negro
E a espera cessou.
Eis que chegou:
A morte.

Do seguir e crescer...


Seja você o vento.
Mude, molde.
Seja rio,
Corra pro seu destino.
Leve.
Como o mar
Como amar
Ria.
Acho ...
Ache
Ou não.
Perca.
E encontre o que for seu.

domingo, 16 de setembro de 2012

Entre o cativeiro e a liberdade...


Como água que escorre das mãos;
Cheiro do mar ou de bolo pronto que não se acomodam em frascos.
Sempre haverá o que não pode ser capturado, guardado.
E Onde a beleza só é vista em liberdade.

Entre a pequenez e a insignificância...


É grão de areia
Gota d’água
Partícula de poeira
Dimensão mínima perante o universo
E ainda assim terá sua importância.
Como o bater de asas de uma borboleta...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Desviar e seguir...

As adagas vão sendo lançadas.
É preciso desviar-se para seguir.
Cuidado.
Poderá ser atingido.
Alguns são atingidos em cheio, outros de raspão.
Poderá desistir se quiser,
Mas a inércia o tornará um alvo ainda mais fácil.
Ou, poderá seguir enquanto se recupera.
Afinal,a pressa não é necessária...
E para onde mesmo você está indo?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Do libertar...


Temia de todo modo ser pressionada, aprisionada.
Detestava paredes demais, assim como os pequenos cômodos.
E foi desse incômodo que  surgiu  a vontade de escapar, juntamente com o grito,  antes suprimido que agora atravessava tais paredes.

Colisão...


E com o impacto a estrela deslocou-se para longe.
Espero que continue brilhando em outra constelação.