domingo, 30 de dezembro de 2012

Antes...







Antes que o encanto se quebre.
Que o sonho termine.
Que as asas se fechem.
E que a canção se interrompa.
Antes
Antes que o ultimo grão de areia caia
Que a primeira gota escorra
Antes
Antes que o sol se ponha
E a lua reapareça
Antes
Antes do tudo
E de cada segundo...
Antes...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

The same mistake

"Give me reason, but don't give me choice,
Cause I'll just make the same mistake again..."

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Monstro...




Pensei em adagas, flexas, vidro ou pólvora.
Pensei ainda em qualquer substância que envolvesse em sono.
Ou síncopes.
Mas ele cresceu de tal forma, 
Que explodiu enquanto eu calculava como destruí-lo.
E todo seu conteúdo escorreu.
Livre.
Novamente.
Como sempre.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

"Plantei num jardim um sonho bom..."



E mesmo que ventos não tão bons por ele passem
E mesmo que o tempo não favoreça
Com o castigar do sol,
Ou com torrenciais chuvas
Para flores tão frágeis.
Continuarei a cuidar.
E só peço: não pise nele.
Não, não acontecerá nada com você.
É só um pedido.
Plante o seu.
Cuide dele.
Espere florescer, como espero o meu.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Silêncio...


"Como todo sofrimento esse começou com uma aparente felicidade."

Markus Suzak

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Destino ou acaso: sem final e sem moral


Porque cada gota
Teve seu motivo para cair.
Cada centímetro  calculado com destreza.
Cada segundo acontecido como deveria.

domingo, 30 de setembro de 2012

Da invisibilidade ...




Certas horas seria o ar,
Se movimenta quando quer,
Tornando-se perceptível
Mas indispensável,
 Mesmo sem ser visto.

domingo, 23 de setembro de 2012

Das prisões...


Estava cercada.
Escapar nunca foi uma possibilidade.
De onde estava via o mundo.
E era vista.
Mas não pertencia a qualquer lugar.
Ou a ela mesma.
E por trás daquelas inabaláveis paredes de vidro
Se desenvolvia
Feito uma flor em uma estufa.
E uma hora a planta deixa de caber no vaso.
E então parte.
Parte-se em cacos.
Ela ao meio.
E para longe.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Entre a espera e a ação...


Vivia  ali.
Sobre as pedras.
De la se via: imenso, azul, revolto.
Passava o tempo a esperar quem de lá a levaria.
A maré subia e descia.
Os ciclos da lua se repetiam.
Dias de chuva.
Dias de Sol.
Estrelas.
Azul
Cinza
Negro
E a espera cessou.
Eis que chegou:
A morte.

Do seguir e crescer...


Seja você o vento.
Mude, molde.
Seja rio,
Corra pro seu destino.
Leve.
Como o mar
Como amar
Ria.
Acho ...
Ache
Ou não.
Perca.
E encontre o que for seu.

domingo, 16 de setembro de 2012

Entre o cativeiro e a liberdade...


Como água que escorre das mãos;
Cheiro do mar ou de bolo pronto que não se acomodam em frascos.
Sempre haverá o que não pode ser capturado, guardado.
E Onde a beleza só é vista em liberdade.

Entre a pequenez e a insignificância...


É grão de areia
Gota d’água
Partícula de poeira
Dimensão mínima perante o universo
E ainda assim terá sua importância.
Como o bater de asas de uma borboleta...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Desviar e seguir...

As adagas vão sendo lançadas.
É preciso desviar-se para seguir.
Cuidado.
Poderá ser atingido.
Alguns são atingidos em cheio, outros de raspão.
Poderá desistir se quiser,
Mas a inércia o tornará um alvo ainda mais fácil.
Ou, poderá seguir enquanto se recupera.
Afinal,a pressa não é necessária...
E para onde mesmo você está indo?

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Do libertar...


Temia de todo modo ser pressionada, aprisionada.
Detestava paredes demais, assim como os pequenos cômodos.
E foi desse incômodo que  surgiu  a vontade de escapar, juntamente com o grito,  antes suprimido que agora atravessava tais paredes.

Colisão...


E com o impacto a estrela deslocou-se para longe.
Espero que continue brilhando em outra constelação.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012



E a linha é mesmo longa.
Dá suas voltas.
Faz seus laços.
Se enche de nós,
 Desfaz alguns
E continua até chegar no seu fim.

sábado, 11 de agosto de 2012

Simples assim...

 "Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela.Isso era tudo."

_Caio Fernando Abreu

Guarde ou jogue fora...



Enterre.
Guarde onde ninguém possa ver.
Lacre.
Tranque e jogue a chave fora.
Empurre a rolha para dentro da garrafa.
Mas cuidado onde cava, com o que amarra e onde esconda.
Resgatar pode ser destruidor.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Quando...


Quando nem as palavras acalmam,
Não dão sentido, 
Não desenham nem sombra do resguardado.
Quando nem o silêncio paralisa
E qualquer som se faz eco.
Quando o seu caminho é invadido.
Quando a chama se faz trêmula.
Quando o vento sopra sem pena.
Quando o chão parece abrir.
Quando...
Quando?
Quando a ação entra no verso?
Quando o texto se faz cena?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Maleável...




E não adianta sofrer por antecipação ou chorar pelo leite derramado
Há as coisas que quando formadas não se moldarão a sua vontade.
Lute para esculpir, lapidar e transformar o que pode ser mudado.
O que passou é concreto.
E o que ainda não veio, só fumaça.
Preocupe-se com o que é maleável.
Menos trabalhoso e menos desgastante.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Alegria de estar só...

“Quero ficar só. Gosto muito das pessoas, mas às vezes tenho essa necessidade voraz de me libertar de todos. Enriqueço na solidão: fico inteligente, graciosa, e não esta fria ressentida que me olha do fundo do espelho. Ouço duzentos e noventa e nove vezes o mesmo disco, lembro poesias, dou piruetas, sonho, invento, abro todos os portões, e quando vejo a alegria está instalada em mim.”
Lygia Fagundes Telles

domingo, 1 de julho de 2012

Mar e...


Com a simplicidade e a profundidade do mar.
E como tudo o que é grande pode acolher como assustar.
Sua força é vista pela energia com que dançam as suas ondas e pelo som que delas ecoa.
Mas com delicadeza e persistência, esculpe as rochas que se encontram em seu caminho.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Câmara...


E presa naquela atmosfera, 
Inalava daquele pesado ar.
A concentração de gás aumentava.
Sentia-se sufocada.
Cansada e ofegante, vislumbrou um pequeno ponto de luz.
Se arrastava.
Pés e  mãos lhe impulsionando.
Mas parecia sempre longe.
A fumaça distorcia a visão.
Tanto fez, que chegou perto do tal ponto.
Pequena amostra de sol.
Era uma fresta.
Então abriu as janelas 
E ainda a se adaptar com a luz, respirou fundo do ar limpo.
Sem medo.

Uma. Outra...


Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa,
Assim dizia vez por outra.
Mas uma coisa não pode ser outra?E outra uma?
E assim jaz a certeza
O absoluto inexiste.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Sobre saber quem é e o reflexo de uma imagem...




O desabrochar das flores e o voar das borboletas .
Beleza nas petalas e em coloridas asas.
Mas flores podem ser armadilhas carnívoras e asas nem sempre ilustram um ser tão belo.
A imagem se transforma com o ponto de vista.
O real não.

Viva...




É que as palavras já não escorrem como de costume.
Não há tristeza, ou dor.
Na verdade me pergunto se já existiu.
Mas não há euforia, ou entusiasmo excessivo.
Sim.Há felicidade.
Felicidade contida.
Não.Não pequena.
É grande.
E leve.
E bonita, claro.
Como tudo o que floresce.
Ou nasce.
E vive.
No melhor sentido do verbo viver.


quinta-feira, 21 de junho de 2012

E assim se fez...

E assim se fez...
Porque o ar, seja vento ou brisa, não dá nó.
Move,balança,acaricia...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O que se quer...


"Mas se desejarmos fortemente o melhor e,
principalmente, lutarmos pelo melhor…
O melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo,
e não do tamanho da minha altura."

-Carlos Drumond de Andrade

Corrosão...

O ácido produzido para ser lançado e destruir seu alvo
Antes corroera  tudo o que lhe armazenava.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Sometimes...

" Seek my part
Devote myself
My small self
Like a book amongst the many on a shelf

Sometimes I Know
Sometimes I rise
Sometimes I fall
Sometimes I don't
Sometimes I cringe
Sometimes live
Sometimes walk
Sometimes kneel
Sometimes I speak of notthing at all
Sometimes I reach to myself
...Dear God"


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Camarada d'água...



"Camarada, viva a vida mais leve.
Não deixe que ela escorregue.
Que te cause mais dor.

Viva a tua maneira.
Não perca a estribeira.
Saiba do teu valor
E amanheça brilhando mais forte
Que a estrela do norte
Que a noite entregou ."

Camarada d'água - O Teatro mágico

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Leve, porém forte...




Leveza não é sinônimo de fraqueza.
Pelo contrário a força é conduzida.
Não faz estragos.
Não explode.
Não bombardeia.
Apenas é.
Apenas faz.
Certa da direção
Uma brisa pode ser mais eficaz que um furacão.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Resguardou-se...



E foi dormir.
Cansou de tentar explicar.
Foi descansar.
Parou de tentar convencer.
Se exilou
No mais confortável do seu lar.
Mas não partiu
Nunca partiria.A não ser que partissem o lugar que o abriga.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pedido...




" Que minhas asas não se fechem.
Que a leveza não me pese.
Que a doçura não amargue.
Que minha fé não se dissolva.
Que o silêncio se torne paz."

sábado, 5 de maio de 2012

Mudar dói...

Mudar dói, não mudar dói muito

Oswaldo Montenegro




Não pense que o mundo acaba
Ali onde a vista alcança
Quem não ouve a melodia
Acha maluco quem dança
Se você já me explicou
Agora muda de assunto
Hoje eu sei que mudar dói
Mas nao mudar dói muito
Dizia Erasmo de Rotterdan
Que o pai da loucura é Platão
A mãe dela é a juventude
E dizem que teve um irmão
Que batizou entusiasmo
E mora no Maracanã
Passeia em casais abraçados
E dorme no colo de Yansã
A natureza não precisa de arte
O amor não precisa do poeta
Ás vezes, é o porto que parte
e é o alvo  que procura a seta
Talvez seja filosofia
Talvez seja falta de assunto
Mas não há que dirá(quem diria)
A verdade só, só junto
Que junto a verdade aparece
E ser só metade é ser só
E só quem amou sabe disso
Gigante olha a pedra e vê pó

terça-feira, 1 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Porquê os espinhos?





Porquê os espinhos?
São eles que não a deixam desidratar quando o tempo não está bom.
E servem como forma de defesa, mesmo que nunca sejam utilizados.

Por um fio...





É um fio...
Pode ser rompido de forma abrupta e drástica
Ou pode ser esticado e esticado como um elástico.
Às vezes quando quase rompido é novamente tecido
E às vezes termina quando se faz necessário
E fim da linha.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Chega leve...


E é leve...
Vento na cortina
Brisa no rosto
Tarde na varanda
Mpb
Pôr do sol
Praia
Pele
Cheiro
Amor.