terça-feira, 31 de julho de 2012

Quando...


Quando nem as palavras acalmam,
Não dão sentido, 
Não desenham nem sombra do resguardado.
Quando nem o silêncio paralisa
E qualquer som se faz eco.
Quando o seu caminho é invadido.
Quando a chama se faz trêmula.
Quando o vento sopra sem pena.
Quando o chão parece abrir.
Quando...
Quando?
Quando a ação entra no verso?
Quando o texto se faz cena?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Maleável...




E não adianta sofrer por antecipação ou chorar pelo leite derramado
Há as coisas que quando formadas não se moldarão a sua vontade.
Lute para esculpir, lapidar e transformar o que pode ser mudado.
O que passou é concreto.
E o que ainda não veio, só fumaça.
Preocupe-se com o que é maleável.
Menos trabalhoso e menos desgastante.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Alegria de estar só...

“Quero ficar só. Gosto muito das pessoas, mas às vezes tenho essa necessidade voraz de me libertar de todos. Enriqueço na solidão: fico inteligente, graciosa, e não esta fria ressentida que me olha do fundo do espelho. Ouço duzentos e noventa e nove vezes o mesmo disco, lembro poesias, dou piruetas, sonho, invento, abro todos os portões, e quando vejo a alegria está instalada em mim.”
Lygia Fagundes Telles

domingo, 1 de julho de 2012

Mar e...


Com a simplicidade e a profundidade do mar.
E como tudo o que é grande pode acolher como assustar.
Sua força é vista pela energia com que dançam as suas ondas e pelo som que delas ecoa.
Mas com delicadeza e persistência, esculpe as rochas que se encontram em seu caminho.